quinta-feira, 28 de maio de 2009

A CERCA DO NÃO REALIZAR COISAS.

Quando era pequeno ouvia que deveríamos plantar árvores, escrever livros e fazer filhos para nos tornarmos partícipes do mundo, de forma efetiva e marcante.
Aos trinta, por não ter realizado nada desses feitos, me questiono sobre o meu estar no mundo. Qual minha contribuição para minha geração?
Não plantei árvores. Não escrevi livros. Não gerei filhos.
Sou partícipe de estirpe da minha comunidade?
Árvores podem ser plantadas e arrancadas por outros. Não tenho tempo nem paciência de regá-las. Rego árvores de amigos. Algumas frondosas e velhas. Outras, fracas e disformes. Mas, todas, vivas.
Livros serão bem escritos no tempo certo. Alguns já estão fecundos em minha memória e desejo íntimo.
Acredito que não foram escritos por medo. Medo da reprovação. Medo do não. Medo do escárnio. Medo do opróbio.
Mas, eles virão. Já se impulsionam pelo exercício deste blog.
Quantos aos filhos....
O desejo é latente, pulsante, verdadeiro. Será efetivado quando da presença de uma criatura, de cabeça aberta, que esteja disposta a tal feito. Aliás, duas criaturas dipostas. Pois, possivelmente terei de dividir a PATERNIDADE com alguém. O meu alguém.
Por discordar do que me disseram no passado, e continuar me questionamento sobre meu presente-futuro, acredito já ter marcado minha geração. Ao menos, o meu núcleo de vida. Pois, os seres que pensam a cerca dos outros não vivem dos seus pensamentos e sim, dos impulsos gerados por uma coletividade.
Eu não sou senso comum sobre o que me disseram. Já me sinto e sempre me senti ser diferente.
Disposto a , ainda, realizar muitas coisas.